domingo, 17 de julho de 2011

Pessoas

 Gosto de ficar perto de pessoas, de ver como elas agem, como pensam completamente diferente umas das outras, gosto de todo o tipo de gente, me interesso por todas. Não é a toa que escolhi fazer psicologia, a mente humana me fascina.
 Ficar sozinha sempre me ajudou muito no meu auto-conhecimento mas está perto dos meus amigos é impagável  a maneira que eles me fazem sentir. Sou muito dependente deles, de trocar ideias, discutir assuntos, ouvir suas filosofias de vida, dar risadas, rir da cara um do outro, é isso o que eu gosto. É isso o que me faz bem.

sábado, 16 de julho de 2011

Palavras

 Há certas coisas que passam pelas minhas entranhas que não sei explicar. Palavras em determinados momentos são insignificantes não alteram nem aliviam nada. Existem momentos que o sentimento é tão forte que a única coisa que faz é sentir, sentir e sentir. Não agir, não falar, não gritar. Sentir.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Essa tal felicidade.

 A felicidade que todos querem, todos procuram, esperam, eis que ela surge sorrateira como aquele pequeno ponto de luz no meio de uma intensa escuridão. Ela aparece em um pequeno detalhe invisível aos olhos. Mas aparece, depois de uma longa luta ela sempre aparece fazendo com o que minha luta não fosse em vão e me dando mais força pro próximo desafio. Vamo que vamo moleque.

terça-feira, 12 de julho de 2011

"A sabedoria das mulheres não é raciocinar, é sentir."

Immanuel Kant

É tudo um jogo?

 Hoje ouvi uma frase que me fez pensar "Os seres humanos gostam de ser enganados", será mesmo?
Concordei em partes ás vezes a realidade é tão cruel, tão bruta, um soco enorme no meu estômago que um pouco de ilusão vai muito bem. Acredito ser por isso que me perco tanto no meio de livros, músicas, filmes é uma maneira de deixar meu pequeno universo de uma outra cor da qual eu mesma criei sem alterações de estranhos.
 Mas o foda dessas ilusões é que ela acaba, você descobre a verdade cedo ou tarde e pode ser de matar. Então não dá pra gostar de algo assim. A vida mais parece um jogo dos mais fortes, onde a regra é manter o coração inteiro e o ego intacto.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Minha inspiração

Eu gosto muito de animais, acho criaturas mágicas em maio eu perdi o meu companheiro de guerra Pretinho e perdê-lo foi muito doloroso, e é uma ferida aberta ainda, após sua morte não quis mais animal nenhum na minha vida, qual é a graça de se apegar, amar, tornar aquele ser parte sua e depois fatalmente ele ser arrancado de você? Pra mim nenhuma.
Até que em uma noite entra pela minha janela da sala essa coisa maravilhosa, estava machucado, mal conseguia voar, estava faltando algumas penas em suas asas e eu senti uma profunda vontade de cuidar daquele bichinho tão pequeno e frágil. Em menos de dois dias dando alimento e água no bico ele já estava melhor, muito assustado ainda mas já podia voar e então eu entrei em um dilema, deixar ou não ele na natureza? Foi uma decisão difícil mas decidi ficar com ele, acredito que não ia conseguir sobreviver lá e logo seria pego novamente, ele tinha até uma pulserinha do Ibama e então carinhosamente comecei a chamá-lo de Slash. Os dias foram passando e virou rotina ir todos os dias em sua gaiola e dizer 'Bonjour Slash' logo ele começou a cantar e não parou mais, seu canto é um dos sons mais lindos que já pude ouvir. Ele ajudou meu coração a se recuperar daquela dor que a ausência do Pretinho fazia. E ao vê-lo cantar aparentemente tão feliz em sua gaiola me dá muita motivação, pro Slash não precisa de muito além de comida, água e um pouco de sol, isso já basta pra ele cantar o dia todo, se tiver um pote com água esquece, a felicidade dele estará completa. E pra eu ter motivação no meu dia não precisa mais de muito, apenas ouvir o doce som de seu canto e sentir o amor genuíno e único dos meus cachorros já me deixa com um belo ânimo de sair da cama. 
O Slash foi um presente dos deuses.

domingo, 10 de julho de 2011

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem  alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo :  "Fui  eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu. 

- Fernando Pessoa